Josefina de Beauharnais: Casamento com Napoleão, parte II

Em 27 de Novembro de 1784, Rose retirou-se para um convento e deu início aos procedimentos legais para um ação de separação judicial. Rose foi presa em 21 de Abril de 1794, seu marido Alexandre já estava preso, Rose foi levada para Les Carmes mesmo lugar onde se encontrava Alexandre, Eugênio, enquanto a mãe estava presa tomou conta da irmãH Hortênsia, era o começo do Terror. Em 23 de Julho de 1794, Alexandre de Beauharnais foi guilhotinado. Rose tinha certeza que era a próxima, já estava aguardando pelo mesmo fim que o ex-marido. Contudo, dez dias depois do Termidor, Rose foi uma das primeiras prisioneiras a serem libertadas. Na prisão, ela fez amizade com Thérésia Cabarrus. Rose, tornou-se amante do poderoso Paul Barras, e em 1795, Rose Beauharnais foi admitida no harém de Barras. O destino de Rose, estava quase zelado. Pois Paul Barras que apresentou, um corso italiano, baixo, magro e feio conhecido como Napoleão Bonaparte.
Imediatamente, começou as cartas de Napoleão para Rose, em uma delas totalmente apaixonado ele escreve: "Sete da manhã. Acordo repleto de ti (...) a lembrança da inebriante noite de ontem não deu paz a meus sentidos (...) Doce e incomparável Josefina, respiro de teus lábios, de teu coração, uma chama que me consome (...) Mil beijos, mas não me dá nenhum, porque eles me queimam o sangue." Rose não era mais Rose e sim Josefina, foi rebatizada por Napoleão pois ele achava "Rose" muito feio. O casamento de Napoleão e Josefina foi marcado para 6 de Março de 1796. A noiva era a imagem do republicanismo num vestido de musselina e faixa tricolor. Josefina também usou um colar que ganhou se Napoleão em que estava escrito "Ao Destino". Diferentemente de hoje em dia, no qual o noivo espera pela noiva, foi Josefina que teve que esperar por Napoleão. Quando ele finalmente irrompeu na sala encontrou os presentes semi-adormecidos e o prefeito tinha ido embora. Seu substituto, um certo Collin, não tinha autoridade legal para realizar a cerimônia. Napoleão sacudiu-o rispida mente pelo ombro, ordenou-lhe que "nos case depressa", e dentro de minutos tudo estava acabado, com os recém-casados encaminhando-se de volta á rua Chantereine.
Dois dias depois do casamento, Napoleão partiu para assumir seu comando no quartel general do exército da Itália, em Nice. Escrevia para a esposa todos os dias, cartas explodindo de desejo, frustração e sensualidade explícita; alternadamente melancólico, pomposo, terno, incoerente, muitas vezes suicida - e quando Josefina não foi se reunir a ele, num tom de desespero quase desarticulado. O exército de Bonaparte, com 41 mil cidadãos soldados, iria enfrentar uma força austríaca de aproximadamente 38 mil homens e uma tropa piomentesa de 25 mil. Mesmo assim Napoleão partiu confiante de Nice em 2 de Abril de 1796. Enquanto isso Josefina estava apaixonada por um certo tenente, chamado de Hippolyte Charles, ela foi atraída pela aparência e por seu humor irresistível. Com alegres olhos azuis, uma covinha no queixo e um sedoso cabelo preto, fazia bela figura em seu uniforme hussardo azul-celestes, usado com uma peliça debruada de pele de raposa jogada sobre o ombro esquerdo. Enquanto Josefina se divertia com Hippolyte Charles, Napoleão escrevia mais e mais cartas apaixonadas, e se desesperava quando a mulher não as respondia. Napoleão também colecionava Vitórias aos poucos e subia de degrau até o trono da França. Continua na próxima matéria. Bibliografia:BRUCE, Evamgeline Napoleão e Josefina, 1995.

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