Amélia de Leuchtenberg nasceu em 31 de Julho de 1812, em Milão. Era filha do príncipe Eugênio de Beauharnais filho de Josefina de Beauharnais primeira esposa de Napoleão Bonaparte e da Princesa bávara Augusta Amélia. Amélia por parte de pai era neta postiça do imperador Napoleão Bonaparte.
CASAMENTO COM O IMPERADOR
Após a morte de dona Leopoldina, o imperador dom Pedro I precisava de uma nova esposa, mas a fama de mulherengo e da sofrência de dona Leopoldina já estava conhecida na Europa. portanto nenhum rei ou princesa queria se casar ou dá sua filha para aquele homem. No entanto encontrou-se uma princesa perfeita na Baviera. A princesa Amélia de Leuchtenberg reunia três das quatro qualidades pedidas por d. Pedro: era bonita, virtuosa e culta. Em meados de junho o imperador dom Pedro recebia as primeiras notícias referentes aos arranjos de seu casamento. E depois de despachar a amante paulista de volta a São Paulo dom Pedro queria que todos vissem que ele tinha mudado. Em 16 de Outubro de 1827 chegava na baía de Guanabara a nova imperatriz do Brasil.
Para comemorar o novo casamento, o imperador criou a Ordem da Rosa cujos dísticos de um lado "Pedro e Amélia"; do outro "Amor e Fidelidade".
Dona Amélia adorou os enteados órfãos de dona Leopoldina e carentes de amor encontraram em dona Amélia uma Segunda mãe. Mas ela só ficaria poucos anos no Brasil, na abdicação de dom Pedro I em 7 de Abril partindo em 13 de Abril para Portugal junto a dona Amélia e dona Maria da Glória para lutar pelos direitos da filha que tinham sido ursupados pelo tio Dom Miguel.
Após o fim da batalha contra o irmão,dom Pedro agora duque de Bragança vence a guerra e Dona Maria da Glória assume definitivamente o trono como Maria II. Contudo a guerra custou caro para dom Pedro, Contraiu Tuberculose e falecendo em 24 de Setembro de 1834, em Queluz. Se despediu das duas filhas (Maria II e Maria Amélia nascida em 1831) e dando a sua Última benção aos filhos que estavam no Brasil.
Foi dona Amélia que avisou por carta para as crianças nela diz assim:
"Lisboa, 29 de Setembro de 1834.
Minha cara filha. Eu te escevo com o coração retalhado de dor, não sabendo verdadeiramente como te anuncie o terrível acontecimento que me torna desgraçada por todo o resto de minha vida!!![...] O estado de teu infeliz pai que,de dia em dia, se tornava pior, era a causa do meu silêncio, porque eu não o deixava e me esforçava incessentemente em provar-lhe por meus cuidados e ternura quanto o amava![...]
Após a morte do marido, dona Amélia educou a sua filha Maria Amélia.
Mas em 1853 a Princesa Flor falece de Tuberculose para a infelicidade de sua mãe. Dona Amélia viveu enlutada pelo resto de sua vida, só vestindo preto. A ex imperatriz do Brasil faleceu em 26 de Janeiro de 1873.
Fonte: REZZUTTI, Paulo dom Pedro a história não contada o homem revelado por cartas e documentos inéditos, 2015.
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