Dona Leopoldina: mulher, imperatriz e mãe

 

Em 22 de Janeiro de 1797, vinha ao mundo o quinto filho do imperador Francisco II e de sua segunda esposa Maria Teresa das Duas Sicílias. A Bebê recebeu o  nome de: Leopoldina Carolina Josefa. Teve uma educação formal com aulas de: leitura, geografia, Música, aritmética, geometria, literatura, física, latim, canto e trabalhos manuais. Aos 10 anos, Leopoldina perdeu á mãe, a Imperatriz Maria Teresa sofreu um aborto, falecendo no sia 13 de Abril de 1807. Após a morte da esposa, Francisco casou-se novamente desta vez com Maria Ludovica D'este filha do arquiduque Fernando Carlos. Maria Ludovica fora uma boa Madrasta para Leopoldina e seus irmãos. Além de perder a mãe em 1807, Leopoldina separou-se da irmã mais velha e para sempre Confidente, Maria Luísa em 1810, Maria Luísa se casaria com o imperador Francês Napoleão Bonaparte, divorciado de Josefina de Beauharnais. 

Maria Luísa como Imperatriz da França.

 Em 1816, era hora de pensar no casamento de dona Leopoldina,o escolhido foi o Príncipe Português dom Pedro I, conhecido no Brasil como mulherengo, e ainda nesse ano teria tido um caso com uma bailarina francesa chamada Noemi Thierry, os pais deste se aliaram para separar os pombinhos, no fim Noemi foi mandada para Pernambuco. E em 29 de Novembro desse mesmo ano era assinado em Viena o tratado de Casamento entre os dois. Em 3 de junho de 1817, dona Leopoldina partiu de Viena rumo ao Brasil. Chegando em 5 de Novembro. As decpeções não durariam a começar, e dona Leopoldina se queixava em cartas para a irmã sobre a infelidade do marido, e escrevia que é melhor quando a pessoa é Solteiro, por quê o casamento traz consigo seus encantos e desencantos. 

Dona Leopoldina por Debret.

 Em 4 de Abril de 1819 nascia a primeira filha do casal, dona Maria da Glória segundo Leopoldina a Bebê representou "um novo laço para a suprema felicidade, muito necessário aqui com os estados de espíritos um tanto instáveis". Em 1821 a corte Portuguesa voltou para Portugal, dom João e dona Carlota Joaquina junto aos filhos restantes deixando no Brasil dom Pedro e dona Leopoldina. Vale ressaltar aqui que dona Leopoldina teve um importante papel na Independência do Brasil. Ela junto a José Bonifácio escreveram cartas pedindo para dom Pedro declarar a Independência, entre um trecho da carta da Esposa vale deixar registrado aqui: "O pomo está maduro colhei-o já". Mas não apenas nessa viagem que libertaria o Brasil de Portugal, dom Pedro conheceu aquela que seria sua amante por sete anos a Famosa Domitila de Castro do Canto e Melo. 

 Após ser humilhada em público em várias ocasiões, dona Leopoldina entrou em uma depressão profunda em 1826. Debilitada e grávida novamente a Então imperatriz do Brasil não resistiria e sofreu um aborto em 2 de Dezembro de 1826, falecendo no dia 11, todo o Rio de Janeiro chorou a morte da Imperatriz tão Querida. 

Bibliografia: 

REZZUTTI, Paulo dona Leopoldina a história não contada a mulher que arquitetou a Independência do Brasil, 2017.