Cartas do imperador dom Pedro I para a Marquesa de Santos
Não é segredo para ninguém que dom Pedro I teve um caso com a amante paulista Domitila de Castro do Canto e Melo. Um relacionamento que ainda hoje gera muita curiosidade aos historiadores e para várias pessoas.
Em Agosto de 1822, enquanto passava por São Paulo o Então Príncipe Regente dom Pedro I conheceu Domitila de Castro. Ela já era separada do marido e tinha tido três gestações e estava na boca do povo. Mais nada como amor a primeira vista entre os dois! Os amantes tivera sua primeira relação sexual por volta de 29 de Agosto e Titília apelido no qual ela era conhecida pelos mais íntimos engravidou.
Mas desse primeiro filho não sabemos muito,é um verdadeiro mistério segundo alguns Titília havia tido um aborto ou a criança havia falecido ainda criança. Mas o que restou mesmo para contar história foi as cartas dele para ela, sabemos por meio destas que o Imperador estava apaixonado por Domitila e fazia de tudo por ela (Ou quase).
A
A primeira carta que o imperador mandou para a amante trata-se que ela sabe da gravidez da amante, pois ele mandou ela e sua família ir para a corte:
"Santa Cruz, 17 de Novembro de 1822
Cara Titília
Foi inexplicável o prazer que tive com as suas duas cartas. Tive arte de fazer a saber seu pai que estava pejada de mim (mas não lhe fale nisto) e assim persuadi-lo que a fosse buscar e a sua família, que não há de cá morrer de fome, muito especialmente o meu amor, por que estou pronto a fazer sacrifícios. Aceite abraços e beijos e fo...
Deste seu amante que suspira pela ver cá o quanto antes, O Demonão" (APOUD, REZZUTTI LEOPOLDINA 2017)
As cartas ganharam fogo em 1823. Titilia estava grávida e dessa gravidez sabemos muito, ao contrário da outra. Em uma carta pitoresca do Imperador para ela, ele chega a narrar a intimidade com a Imperatriz
"(...) Ontem mesmo fiz amor de matrimônio para que hoje, se mecê estiver melhor e com disposiçã, fazer o nosso amor por devoção."
O relacionamento dos dois não era mais segredo apartir de 1824, só iria acabar mesmo em 1827 com o segundo casamento do imperador com dona Amélia de Leuchtenberg.
Fontes:
REZZUTTI, PAULO Dona Leopoldina a história não contada a mulher que arquitetou a Independência do Brasil, 2017.
REZZUTTI, PAULO Titília e o Demonão A história não contada A vida amorosa na corte imperial: mensagens de d. Pedro I á marquesa de Santos.
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