DA BOCA DO POVO PARA PRIMEIRA DAMA DE SÃO PAULO: DOMITILA DE CASTRO

 


Em 27 de Dezembro de 1797 nascia em São Paulo, Domitila de Castro do Canto e Melo. Filha do Coronel João de Castro do Canto e Melo e de dona Escolástica Bonifácia de Toledo Ribas, era a filha mais nova. Aos 15 anos em 1813, Domitila se casou com o Alferes Felício Pinto Coelho de Mendonça, este casamento como tantos os outros seria um desastre. Os frutos foram três: Francisca, Felício e João este falecido ainda criança. Com tudo Felício maltratava Domitila e lhe batia. Certa vez quando Domitila estava indo buscar Àgua na bica de Santa Luzia ou se encontrar com algum amante Felício a Esfaqueou. Domitila ficou meses entre a vida e a morte. 


Em 1822, enquanto passava por São Paulo, o Príncipe regente dom Pedro se encontrou com Domitila que estava vindo em uma Cadeirinha, transportada por escravos, o Príncipe Então dispensou um e assumiu um dos varais, Domitila exclamava: "Como vossa alteza é forte, como vossa alteza é forte!". O Príncipe na época era casado com a arquiduquesa Austríaca dona Leopoldina. Portanto os dois começaram a ter relações sexuais por volta de 29 de Agosto, e Titília apelido carinhosamente dado por dom Pedro logo Engravidou. Pela primeira carta do amante para ela, ele manda ela ir para o Rio de Janeiro (ela, e a Família) dizendo que eles não passariam fome por lá. 


Desse primeiro filho não sabemos ao certo o que Aconteceu com ele. A Criança pode ter morrido dentro da mãe, Domitila pode ter Abortado ou o Bebê morreu ainda criança. Mas o certo é que em 1824, Domitila estava Grávida e em 23 de Maio desse mesmo ano ela daria á luz a Isabel Maria, filha Favorita de seu pai. 

Isabel Maria, a Duquesa de Goiás.


Não sabemos quando aconteceu o primeiro encontro de Titília com a Imperatriz, mas seria por volta de 1823. Segundo uma carta de dom Pedro para ela dona Leopoldina teria dito que Domitila tinha a "doença de Lázaro" e dom Pedro teria dito "tenha ou não eu não tenho tratos com ela." Titília teve seus "looks" comprados pelo imperador que fazia questão que a amante se vestisse bem, chegava a ponto de desviar presentes para a esposa para a Amante. Em 1825, cinco dia depois de ter nascido o futuro dom Pedro II vinha ao mundo outro Pedro, este era filha do imperador com Titília. Em 1826 ocorreu a viagem á Bahia onde foi o Imperador, dona Leopoldina, a filha mais velha do casal: dona Maria da Glória e a Amante, Domitila que era dama de companhia de dona 
Leopoldina. 


Enquanto o casal de amantes estavam na Bahia, faleceu no Rio de Janeiro o filho Pedro. Eles só souberam da morte da criança quando retornaram. Ainda em 1826, faleceria o pai de Titília o Coronel João de Castro do Canto e Melo depois de um acidente vascular Cerebral. Seu Velório foi pago pelo Imperador, os convites, velas e missas. Ainda no final desse mesmo ano dona Leopoldina faleceria em dezembro depois de um aborto no dia 2 falecendo em 11 de Dezembro. Apartir dessa perda, o relacionamento dos amante esfriou. Mas só acabaria mesmo em 1829, com o segundo casamento de dom Pedro I com dona Amélia de Leuchtenberg. Titília voltaria para São Paulo Grávida da Última filha de dom Pedro. Esta nunca mais veria Isabel Maria que seria mandada para estudar na Europa. 


Em 28 de Fevereiro de 1830 nascia em São Paulo, Maria Isabel de Bragança, dom Pedro não reconheceu essa Filha por quê ele não teve tempo. Em São Paulo Titília conheceria o "reizinho" o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, e com este teria um caso. Domitila viraria a primeira dama de São Paulo. Ela faleceu em 3 de Novembro de 1867.



Fonte: REZZUTTI, Paulo. Domitila a verdadeira história da marquesa de Santos. 



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