Domingos Borges de Barros: Um homem atuante

 



Domingos Borges de Barros nasceu em 10 de Dezembro de 1779, era filho do Sargento-mor Francisco Borges de Barros e de D. Luísa Clara de Santa Rita. Fez Seus primeiros estudos em Salvador. Foi fazer o secundário em Lisboa, no Colégio dos Nobres ainda em pleno Século XIX. Domingos começou a circular entre intelectuais de diferentes ideias e convicções, aproveitando tudo o que via e ouvia. Era moreno, nariz forte, lábios finos, olhos brilhantes e negros, rosto ovalado, pescoço magro e cabelo à nazarena. Aos 21 anos O jovem Domingos já estava matriculado em Coimbra. Licenciou-se, quatro anos depois em 1804. Em sala de aula logo demonstrou interesse por literatura e, em especial, por um autor: Evariste Désiré de Forges, o cavaleiro de Parny, cuja obras traduziu.

Domingos frequentava também o Poeta Nicolau Tolentino. Enquanto Domingos terminava seus estudos em Coimbra, Napoleão voltava do Egito e tomava o poder. O golpe 18 do Brumário abriu As portas ao fururo imperador. Domingos se dividia entre as ideias liberais que gostaria de ver implementadas no Brasil e as Informações sangrentas que tinha sobre a Europa. Domingos frequentava os bordéis de Paris e teve um filho com uma certa francesa Elizabeth Derme, em Setembro de 1809 nascia o pequeno Alexandre, no futuro seria uma pedra no sapato da meia-irmã Luísa. 

Chegava a hora de Domingos se casar a escolhida foi d. Maria do Carmo de Gouveia Portugal, Viúva porém ricamente dotada, jovem, além de bela mulher.





As núpcias tiveram lugar em 20 de Maio de 1814, ela com 19 anos ele com 35. O casamento foi um acontecimento público, que reuniu a imensa Família e vizinhos, da cidade e dos engenhos. Em 1815 nascia o filho Domingos e no ano seguinte Luísa. 

Domingos foi nomeado encarregado de negócios da França em 23 de Novembro de 1823. A Família de Borges de Barros fez as malas e partiram para Paris. Lá no final de natal, em Fevereiro faleceu o filho Domingos de gripe aos 10 anos de idade. O retrato de Família que correspondia á moda da época, incentivou a Realização de uma tela no qual o pequeno Domingos ficou eternizado.

Em 1831 dona Maria do Carmo engravidou novamente projetando dar ao filho morto um pequeno sucessor, o parto Difícil levou mãe e filho. Domingos dizia-se ser o mais infeliz dos homens. Apartir da morte da esposa teria que terminar de educar a pequena Luísa como de fato educou. Domingos aproveitou a vida como a filha Luísa, amou e foi amado, brigou e foi odiado, tinha suas ideias e convicções.

Texto de Cauã Carvalho da Costa.

Fonte: PRIORE, Del Mary CONDESSA de BARRAL a paixão do imperador, 2020.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dona Amélia de Leuchtenberg: A Imperatriz esquecida